Hugo Carvana

Hoje lembramos o 3° aniversário da morte do ator e cineasta Hugo Carvana ( (Rio de Janeiro, 4 de junho de 1937 — Rio de Janeiro, 4 de outubro de 2014), celebrizado pelos personagens que criou e interpretou no cinema, típicos malandros cariocas, em comédias como Vai Trabalhar, Vagabundo e Se Segura, Malandro; ator importantíssimo do Cinema Novo.

Hugo Carvana foi um ator, roteirista, produtor e diretor de cinema e televisão brasileiro nascido no dia 04 de junho de 1937. Marcado pelo jeito malandro e carioca, da infância passada em Lins de Vasconcellos, era filho da Costureira Alice Carvana de Castro e do comandante da Marinha Clóvis Heloy de Hollanda. Faleceu em 04 de outubro de 2014

Em vários filmes interpretou a imagem do malandro carioca, tendo estreado na direção com Vai trabalhar, vagabundo no ano de 1973, filme no qual também atuou.

De 1973 a 2009, produziu e dirigiu sete filmes, sendo que nos três últimos optou apenas pela direção. Em 1973, no auge da ditadura, atuou e dirigiu a primeira comédia, Vai trabalhar, vagabundo. Ironicamente, seu personagem Secundino Meireles sai da prisão, vê o sol e grita, Bom dia, professor! Se Segura Malandro!, em 1978, homenageia as pessoas simples do povo e o seu amado Rio de Janeiro.

Em 1982, veio o Bar Esperança, o último que fecha, dedicado aos amigos das mesas dos botequins, aos intelectuais da esquerda festiva. E em 1991, ressuscitou, literalmente, o personagem Secundino Meireles em Vai Trabalhar Vagabundo II – A Volta, que se levanta do caixão em busca de um antigo amor.

O ator também foi um militante político. Depois do golpe dos militares, que assumiram o poder em 1964, Carvana começou a freqüentar as reuniões do grupo de teatro Opinião, de resistência à ditadura, encontrando uma turma politizada e descobrindo que a arte tinha uma função social. O amadurecimento o dessa participação política foi na década de 1980, quando atuou intensamente na campanha Diretas Já.

Como presidente da Fundação de Artes do Rio de Janeiro, Funarj, durante o governo de Leonel Brizola, realizou projetos revolucionários, como festas populares e religiosas, promovendo animação cultural na Baixada Fluminense e interior do Estado.

Seus filmes mais recentes, todos de comédia, foram Não se preocupe, nada vai dar certo, com Gregório DuvivierTarcísio Meira e Mariana Rios; Casa da Mãe Joana (2008) e Casa da Mãe Joana 2 (2013), com Juliana Paes, Malu Mader e José Wilker, também morto no ano de 2014. Era também torcedor ilustre do Fluminense.

Fonte: http://www.historiadocinemabrasileiro.com.br