Elisa Lucinda

Feliz aniversário Elisa Lucinda!
ELISA LUCINDA DOS CAMPOS GOMES 
(Elisa Lucinda), poeta, jornalista, escritora, cantora e atriz. Nasceu num domingo, 2 de fevereiro de 1958, em Vitória ─ Espírito Santo, onde se formou em jornalismo e chegou a exercer a profissão. Em 1986, mudou-se para o Rio de Janeiro disposta a seguir a carreira de atriz.

Sempre atuando em teatro, cinema e televisão, publicou seu primeiro livro de poesia “O Semelhante”, em 1994. Este foi um passo para que a peça de mesmo nome, onde ela dizia seus versos e conversava com a platéia, permanecesse em cartaz durante seis anos, no Brasil e no exterior.

No mesmo formato, apresentou “Eu te amo Semelhante”. O espetáculo solo, “Parem de falar mal da rotina”, sucesso de crítica e público no Fórum Internacional de Culturas, Barcelona, em 2004. Representou o Brasil na XIV Feira do Livro de Cuba – 2005.

Popularizando a poesia com seu jeito coloquial de escrevê-la e dizê-la, sua presença cênica tanto no palco como na tela é impressionante.

Elisa Lucinda é considerada um dos maiores fenômenos da poesia brasileira. “A menina transparente”, poema que marca sua estréia na literatura infantil, recebeu Prêmio Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.

Reconhecida pela sua literatura poética, além de seus espetáculos, recitais e workshops apresentados no Brasil e exterior; por seus trabalhos na área de recursos humanos junto à diversas empresas e instituições como Petrobrás, Banco Real, Fiocruz e por seus recentes trabalhos na televisão, no cinema, Elisa ainda mantém a “Escola Lucinda de Poesia Viva” onde ensina interpretação teatral da poesia seguindo o lema: “Falando poesia sem ser chato”.

A notável Capixaba vem ao longo de sua carreira presenteando o público com seu jeito peculiar e natural de falar poesia sem representar o verso mas apresentando as emoções que as palavras podem proporcionar.

BIBLIOGRAFIA 

A Lua que menstrua (produção independente, 1992)
Sósia dos sonhos (produção independente)
O Semelhante (Ed. Record, 1995)
Eu te amo e suas estréias (Ed. Record, 1999)
A Menina Transparente (Ed. Salamandra)nota 1
Coleção Amigo Oculto (Ed. Record)nota 2
50 Poemas Escolhidos pelo Autor (Edições Galo Branco, 2004)
Contos de Vista (Ed. Global, 2005)nota 3
A Fúria da Beleza (Ed. Record, 2006)nota 4
A Poesia do encontro – Elisa Lucinda e Rubem Alves (Ed. Papirus, 2008)
Parem de falar mal da rotina (Ed. Leya – Lua de papel, 2010)1
A Dona da Festa (Grupo Editorial Record/Galerinha Record, 2011)
Fernando Pessoa, o Cavaleiro de Nada (Ed. Record, 2014)

CDs de poesias

Semelhante – sob o selo da gravadora Rob Digital
Euteamo e suas Estréias – sob o selo da gravadora Rob Digital
Notícias de Mim, com poemas da poeta paulista Sandra Falcone, participação de Miguel Falabella, direção e produção de Gerson Steves. O CD é resultado do espetáculo homônimo com roteiro e direção de Steves.
Estação Trem – Realização de Dakar Produções e Poesia Viva Produções. Criado (2004) especialmente para a comemoração dos 150 anos da Ferrovia para a Vale do Rio Doce. É o primeiro CD no qual Elisa canta.
Ô Danada – Primeiro cd pelo selo CCC – Centro Cultural Carioca.


SOBRE A AUTORA 

Há quem critique a temática por demais cotidiana da poesia de Elisa. “A grandeza de um céu estrelado está presente no cotidiano das pessoas; minha poesia fala do cotidiano, sim, pois para mim os sentimentos mais profundos, alegres ou tristes, podem ser traduzidos de forma cotidiana e simples”, ela rebate.

Poeta, escritora, atriz multimídia, com sensibilidade à flor da pele negra e com uma emotividade que deságua nos olhos verdes e na voz rouca que escapa pelo espontâneo sorriso ─ essa é Elisa Lucinda, capixaba, radicada no Rio de Janeiro desde 1986, quando resolveu tentar a carreira de atriz.  Popularizou sua poesia com seu jeito coloquial de escrever (e dizer!) as belezas mais simples do dia-a-dia através de seus versos. Considerada um fenômeno na literatura brasileira e também uma das grandes representantes da conscientização do negro no Brasil.

“Eu sempre fui poeta, eu acho, uma vez que o poeta se distingue pelo olhar, o ângulo por onde ele olha, o foco, a qualidade ‘inocente’ no sentido de estréia. A matéria do olhar do poeta é o mesmo do olhar da criança. Vejo como dom, e dom a gente nasce com ele. Por que poesia? Não sei explicar. A poesia é a coisa mais útil, é o bem cultural de maior utilidade prática, filosófica e esclarecedora que eu conheço. A gente não percebe, mas há poesia em tudo e consumida largamente pela população. Me refiro aos provérbios, aos ditos populares,  aos ‘pensamentos’, às frases ilustradoras de folhinha de calendário, aos salmos, enfim, essa literatura de auto-ajuda chique, profunda e prática a poesia é e sempre foi isso. Tenho consciência de que sou menor do que ela. É uma menina senhora que me puxa pela mão e me convoca. Eu topo.”

Fonte: Revista Suite Rio – Ano 3 nº 15

Escute “Lua Nova” onde a fala da poetisa, nos versos abaixo, revela a sua ideologia e a luta travada no
gosto de sentir a vida.